sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SÃO PAULO E O CRACK

A cidade de São Paulo está prestes a completar 458 anos no dia 25 de janeiro de 2012. É uma das maiores e mais populosas cidades do mundo. São Paulo é uma cidade linda, tem belos parques, museus, arquitetura diversificada, de antigas e belas construções imperiais a moderníssimos e maravilhosos edifícios inteligentes, feiras, praças, restaurantes, teatros e eventos de diversas naturezas. Tornou-se uma das cidades mais visitadas do Brasil e o turismo já é uma boa parcela do pib municipal. Antigamente era apenas o turismo de negócios que movimentava a cidade mas hoje o turismo de lazer divide esse movimento. 
Apesar de toda sua grandeza e beleza, São Paulo tem problemas que parecem sem solução. Parecem não porque não haja solução, porque todo problema tem solução, porém os problemas desta cidade parecem sem solução porque não vemos no poder público, na classe política que comanda este imenso organismo, vontade e determinação para mudar. O que vemos são vereadores preocupados com seus umbigos aprovando em novembro um aumento dos próprios salários  retroativo a março, o que lhes deu o direito de receberem um boa bolada no fim  do ano onerando ainda mais os cofres públicos, e um prefeito que só quer saber de sua carreira política fundando um novo partido em meio a denúncias de corrupção. O legislativo só cria leis que não influenciam diretamente na solução dos problemas da cidade e o executivo em vez de criar soluções e alternativas de desenvolvimento só está preocupado em multar os empresários e cidadãos da cidade para encher os cofres da prefeitura e fazer sabe-se lá o que com o dinheiro arrecadado.
Em vez de construir novos caminhos e investir em transporte público de qualidade criam restrições ao uso de veículos na cidade e o cidadão que dê seu jeito para ir ao trabalho diariamente, como se não fosse problema da prefeitura o ir e vir do trabalhador. Claro que todos gostariam de deixar seus carros em casa e ir trabalhar de metrô ou de trem, que seria mais econômico e não acarretaria o estresse diário do caótico trânsito da cidade.
Agora o problema da vez é a cracolândia, uma região no centro da cidade onde há muitos anos se concentram usuários e traficantes de drogas, sobretudo do crack. A prefeitura se propôs a limpar o local e tem feito isso, literalmente. Primeiro a tropa de choque da polícia foi e expulsou as pessoas do local, depois a equipe de limpeza urbana passou lavando as ruas com jatos d'água e varrendo, como se o problema fosse simples assim de resolver.
Acontece que pessoas não são lixo para serem tratadas como tal. Os usuários são seres humanos sem perspectiva de vida, na maioria jovens que nasceram e cresceram em condições sub humanas e nenhuma oportunidade de mudarem seus destinos. Políticas públicas não existem. A prefeitura mantém centros de tratamento de dependentes químicos, claro. Mas como tudo o que é público neste país, com certeza o desvio de verbas é maior do que o valor aplicado e jamais será o suficiente para resolver o problema. Afinal, a quem interessa resolver? 
A cidade de São Paulo, que está prestes a fazer aniversário merecia de presente da classe política um melhor tratamento aos seus cidadãos, que fazem com que esta seja uma das maiores e mais ricas cidades do mundo. 
2012 é ano de eleições municipais e está na hora dos paulistanos que amam esta cidade analisarem com mais rigor os candidatos do legislativo e do executivo e só votar realmente se encontrarem candidatos dignos e merecedores de algo tão importante como o voto, caso contrário, melhor mostrar o descontentamento e não votar em ninguém. Não adianta reclamar, devemos aproveitar a única arma que possuímos e exigir as benfeitorias que São Paulo merece.

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